12 dezembro 2014

Aqui é a terra do Papai Noel.

Dezembro. Vem carregado de esperança e bons ventos, um ambiente perfeito para a inocência da criança de tão pouca idade e do adulto sonhador com cabelos brancos na cabeça. O que falar hoje? Eis a inspiração que pergunta e não chega.
Quando eu tinha 7 anos, sonhava com a neve em meus pés pequeninos tamanho 30 e através deles, pisava no algodão molhado e montava o meu boneco com nariz de cenoura. Aos 10 anos, pedi ao Papai Noel – Santa Claus – que acabasse com a guerra e fome no mundo ( esse era um período revolucionário em minha essência, algo que sequer entendo, mas vivi). Hoje, percebo o quanto foi belo o caminho que tracei em cada natal, os sonhos conquistados e as estrelas lindas que arrisquei ser uma daquelas que realizam desejos, eu acreditava. E acho que ainda acredito.
Faça uma lista. Um percurso que você viveu desde a época que lembra até hoje. O que mudou? Garanto que a neve imaginária não existe mais. Garanto que os bonequinhos na árvore não falam mais. Garanto que o presente de natal não é mais tão aguardado como antes. Se errei, perdoe-me. Hoje, a razão costuma falar mais alto, embora eu ame – de corpo e alma – montar e ver as luzes piscantes na mesinha perto do sofá em minha árvore de natal. Aquela que o Senhor dos Presentes colocará sua magia e seu encanto. Aquela que te deixa com uma sensação de nostalgia plena.
As bolas reluzem seu rosto, uma forma estranha com rugas que não existiam aparece, cabelos envelhecidos e preocupações futuras são refletidos em tons de azul e vermelho, suas cores preferidas. Contas para pagar, roupas para comprar, cabelo para fazer. Sejam bem vindos à vida adulta. Porém não se permitam esquecer o que se viveu e no que se acredita, seja verdade ou não, é mágica. A qualquer momento, meu amado Papai Noel vai surgir e lhe chamar de tolo por deixar de crer em uma coisa dessas.
Paremos para pensar: o mundo fala cada vez menos do natal, as pessoas se importam cada vez menos com o natal. A correria do dia é tanta que só queremos um travesseiro e uma boa noite de sono. Sem expectativas. Luzes não brilham mais. Tanto fora quanto dentro de nós.
Mas olhe nossos filhos, sobrinhos, parentes. A luz está lá. O natal está dentro deles só esperando... Esperando... Esperando o que, afinal? Eu não sei. Você sabe? Lembra o que esperava quando tinha 5 anos? Não era só presente, porque às vezes não existia, mas um bom café em família ou aquele banho de chuva com os amigos da vila onde mora. Natal é diferente. Tudo fica diferente. E eu sou apaixonada – loucamente apaixonada – por essa época.

Resolvi sair para ver a cidade - Moro em Belém, caso tenha esquecido -, as mangueiras sorriem enquanto brilham refletidas por luminárias da Praça Batista Campos, os pinheirinhos de plástico enfeitam a casa da D.Maria, na vila Perpétuo Socorro. Há alguns vizinhos criativos que resolvem reciclar e enriquecer sua decoração. Louvável. Sou dona de uma árvore de Natal, escolhi e comprei. Simples e aconchegante, característica de dezembro. É o final de tudo e o recomeço, chove muito e faz frio, gostoso de viver. Moraria em dezembro para sempre.


Beijos natalinos e não esqueça que Santa Claus está chegando, prepare sua meia e seu espírito.
Torne especial e sinta-se especial.

Feliz Natal. Muita luz e muita paz.

Izabella Rendeiro.

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