03 dezembro 2013

Vamos falar de natal, que tal?


Hoje Dezembro começa e junto dele todo o espírito de amor com o próximo, gratidão com nós mesmos e paz com o mundo evidencia, se é verdade ou não nunca iremos saber, mas é visível que o mundo celebra um novo mês e junto dele um novo ano, afinal, Dezembro é a passagem do presente para as novas expectativas do futuro. As crianças ficam ansiosas para a visitinha do senhor dos presentes: Papai Noel – ou Santa Claus, se preferir; os adultos se preparam para as dívidas em lembrancinhas para todo mundo, os vovôs e vovós contam histórias para os seus netinhos sentados na sala de estar... E a cidade, ah leitor, a cidade vem cheia de luzes piscantes em verde, azul, amarelo e vermelho e ao redor as árvores de natal se fazem únicas em meio ao friozinho da época.
Você gosta do Natal? Eu sei que essa é uma pergunta clichê, mas o que eu devo perguntar, além disso? A sociedade me fez esquecer o sentido dessa celebração, sabe. Eu espero Dezembro para começar a me preparar para o ano seguinte e não sou hipócrita em dizer que carrego o espírito fraterno comigo, porque é mentira. Eu quero mudar o mundo, mas não só no Natal e sim nos 12 meses do ano, quero acabar com a fome, dar um abrigo aos necessitados, fazer diferente e eu sei que é difícil, porém é falsidade demais dizer que no Natal tudo muda, que aqueles que estavam separados se juntam e que... A paz reina.

A verdade é que as aparências começam a se fazer maiores que o real espírito da festa. Você quer ganhar presente? Eu também quero. Você quer se vestir bem para comemorar o “amigo oculto” e sair bem nas fotos para postar no Facebook? É, eu faria o mesmo, mas odeio tirar fotos minhas. Eu sei que o Natal é algo lindo, tanto que é uma das minhas épocas preferidas para se festejar, porém o que me incomoda são as pessoas, como elas lidam com tudo isso. Por que não agem de uma forma verdadeira e perdoam os inimigos quando for o momento certo e não porque é noite de Natal? Pois agindo desse modo, haverá menos vestígios de mágoas no futuro.
Assim, quando somos crianças criamos um mundo só nosso, onde existe tudo que é fantástico: há princesas em seus castelos esperando seu príncipe encantado montado no cavalo branco, há coelhinhos que entregam ovos de chocolate na Páscoa e há o Papai Noel com um saco vermelho repleto de presentes. Mas me diz aí: O que aconteceu com toda essa fantasia quando crescemos? Eu não sei responder e preciso de sua ajuda, leitor.
Perdoem-me por tudo que disse se não concordam, mas é necessário dizer. Que fique bem claro aqui que eu acredito na magia do Natal, acredito na noite linda que acontece quando estamos reunidos, que a natureza age de um modo encantador para tudo dar certo. Só não acredito no perdão repentino que as pessoas têm uma com as outras, não acredito. Há exceções, sempre haverá. Mas até agora, eu ainda não vi. Porque eu acho que o perdão que acontece dura apenas uma noite, e no amanhã tudo volta a ser o que era. O encanto se acaba.

Por isso que eu admiro as crianças. Tudo é puro nelas, pois se estão com raiva, vão agir desse modo, se estão felizes, irão pular de alegrias e se não gostam de alguém, irão tratá-las do jeito que quiserem tratar. Sem fingimentos ou pedidos de desculpas que não são reais. Se quiserem presentes, irão chorar quando elas não gostarem de um que ganhou, mas irão aceitar. O Natal é lindo, as pessoas que não são, sem contar com o capitalismo que vigora.
Natal virou um atrativo comercial, e o que podemos fazer? Não estou dizendo que não quero presente ou não vou comprar um peru bem gigante para colocar no centro da mesa da minha casa, o que quero dizer é que além do rápido esquecimento que as pessoas têm daquela briga horrorosa que teve entre parentes, há também um bem maior: o consumo. Tudo gira em torno disso. É colocado de lado o sentido de estar junto ou ir para uma viagem lembrar os bons momentos. Ponha na balança e me diga a resposta depois. Presentes ou momentos?
Se alguma vez eu citei Jesus? Não. Tenho certas dúvidas a respeito do nascimento do filho de Deus, porque para mim Ele não nasceu em Dezembro. É o que eu acho no momento. Amanhã pode mudar e eu volte aqui e diga que nasceu no dia 25. Não sei. Mas que há uma força maior em torno de tudo isso, eu sei que há. Religião é um processo complicado, senhores, pois bate em tantas opiniões que é difícil compreender. Se você acredita que o menino Jesus nasceu em Dezembro, eu respeito e admiro você por ter uma visão certa disso e você que não acredita, eu lhe respeito igualmente.
Então, eu termino por aqui. Desejo a todos vocês um “Feliz Natal”, sei que está um pouco cedo, já que ainda estamos no começo do mês, mas eu quero fazer a minha parte. Que tudo se resolva entre você e aquela vizinha depois da briga de Domingo por conta do volume do aparelho de som. Que você faça as pazes com sua tia, com sua prima do exterior e que sua paz momentânea lhe traga felicidade. Que Deus lhe dê bênçãos e alegrias. E pra você que não acredita em Deus, tenha uma boa festa na noite de Natal, pois eu garanto que vai ser lindo. Pense naquela balança que citei, preserve os bons momentos.



Boas festas. Passo mais tarde para desejar um ano melhor do que esse.

Beijos

Izabella Rendeiro.

Um comentário:

Maria disse...

Lindo lindo

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